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India



28 Estados com 1 bilião e 200 milhões de seres humanos, dos quais 200 milhões não existem e 800 milhões nem sequer têm identificação ou qualquer tipo de registo de nascimento, comunicando através de 18 línguas principais e mais de 700 dialetos em cada um dos 28 estados, atingindo um total de 20.000 dialetos falados na península do Industão do continente subasiático, mais de 30.000 deuses preenchem o Olimpo desta região do planeta Terra, onde as castas e a discriminação racial são o padrão normal. O sistema de castas reflete as hierarquias sociais, profissionais e religiosas.  Do ponto de vista religioso, a maior parte da população são Hindus, mais de 120 milhões são Muçulmanos e também são significativas as comunidades religiosas Cristã, Sikhs, Jains, Budistas e Parsis. Tradicionalmente existem quatro castas (Varnas), incluindo a categoria fora de qualquer casta que é a dos ‘intocáveis’. Dentro destas 4 castas principais há milhares de castas e sub-castas que variam de região para região, relativamente umas às outras. O sistema de castas mantém-se como uma fonte importante de identificação social para a maior parte dos Hindus e um fator muito potente na vida politica da Índia.



… O som provinha dum dos elefantes e chegou-me ao cérebro com um pensamento de perigo, tocando as campainhas de alarme, e despertando o meu instinto de sobrevivência. Eu estava na selva, nada nem ninguém pode parar estes animais se decidem atacar, aquele ronco do elefante atingiu um nível não esperado pelos meus sentidos e ouvidos, como uma trompa alpina, mantém-se até hoje trovejando na minha memória, os meus joelhos começaram a abanar fora de controlo, logo acelerei no punho da minha mota e afastei-me uns 50 metros, e parei outra vez, agora com uma distância mais confortável, mas também já com dificuldade de os ver entre a vegetação da floresta. Fiquei ali parado escondido pela folhagem, debaixo dum silêncio absoluto com a mota desligada tentando ouvir os sons, mas nada acontece e tenho que confessar que já não tive coragem para me aproximar outra vez. Saí do parque e continuei a seguir o meu mapa turístico para visitar outra Reserva de vida selvagem num parque a uns 40 ou 50 quilómetros de distância…



Águias planam sobre as nossas cabeças desenhando espirais com grandes mergulhos, ao longo das encostas inclinadas, revertendo em parafusos verticais feitos com facilidade surpreendente sem grande esforço mas com uma graciosa técnica de voo. O voo acrobático da águia é magnífico e admirável e a sua observação faz o tempo correr sem nos apercebermos. O som sibilante das folhas dos coqueiros drapejando com o vento quente deste paraíso tropical, preenche o espaço sonoro juntamente com o broar do Oceano Indico de ondas azuis transparentes, coroadas de branco, indo de encontro às rochas e desmanchando-se na areia e só o gralhar dos corvos trás a participação dum som animal ao ambiente.

O branco acinzentado do azul do céu é dividido pelo azul-escuro da linha de água do horizonte, e completado pelos brilhos dos raios solares sobre as águas agitadas da superfície do oceano.
A efeito de iluminação natalícia acendendo incontáveis flashes que se espalham incessantemente sobre as ondas do mar. O ambiente bucólico desta praia onde acedemos atravessando um prado verde cercado de coqueiros e cortado ao meio por um pequeno fio de água cristalina, pontilhado de manchas negras de vacas que pastam, búfalos e cabras que partilham o alimento verde da terra, e em cima dos quais os pássaros pousam parecendo flamingos brancos, com longas e finas pernas e bicos curvos para pescar os insetos dentro da pelagem dos animais, transporta-nos para uma pacifica emoção de serenidade, Xanti, Xanti, cantam em silêncio os nossos corações, e uma nova dimensão do tempo e dos nossos objetivos nesta vida, se vai desvelando.

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