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Voluntariado

Ao falar desta pulsão que habita o mais profundo do nosso ser, estamos a falar de sentimentos nobres e altruistas que nos são experienciados e são uma fonte de fruição, que nos faz sentir bem connosco próprios e com a nossa consciência ética e moral.

Mas o que é o Voluntariado?
O que podemos fazer pelos outros?
E pelo futuro?

A minha experiência de voluntariado é feita de lugares comuns.
Tanta gente antes de mim passou por aquilo que eu passei, andou pelos mesmos lugares, viveu as mesmas transformações.
Não trago nada verdadeiramente novo para contar.
Trago algumas ideias sobre voluntariado para partilhar e pensarmos um bocadinho.

Divido o voluntariado em 2 perspectivas principais, uma a que chamo endógena,  que diz respeito à pessoa que faz o voluntariado e a outra que designo exógena, que se refere ao destinatário da acção.

A pessoa que doa o seu tempo, o seu esforço, a sua dedicação a uma causa voluntariamente, de facto transforma-se, o voluntariado transforma a pessoa, transforma o ser e há poucos instrumentos tão úteis para fazer a pessoa perceber quem é, e o que faz no mundo.

Então o voluntariado é em si, uma via de transformação e modelação da personalidade e deve ser incentivado nos mais jovens como componente da sua formação pessoal, social, ética e moral, e parte do seu aprendizado para a vida.

Tudo isto acaba por ter um peso dificil de gerir pelo jovem voluntário quando neste processo de transformação da personalidade. 

Aquele que pensa em partir…

E Voluntário é,- todo aquele que parte.

É aquele que decide partir e como todos os voluntários vai de coração, vai para fazer o bem e dar-se em amor, e tudo isto facilmente se vê é acerca do próprio, somos nós que queremos fazer o bem, nós que queremos sentir-nos bem com isso, nós que nos queremos transformar, isto é tudo acerca de nós, é na verdade um profundo egoismo, a que chamo egoismo altruista, porque neste percurso nós queremos deixar alguma coisa bem feita atrás de nós.

Relativamente aos paises lusófonos nós vamos com o coração, mas ir só com o coração não chega, é preciso estabelecermos objectivos, estabelecer metas e exigir de quem vai - resultados, porque se vamos só de coração qualquer coisinha chega e não pode chegar só qualquer coisinha.

O voluntário tem que olhar para o futuro e para as suas acções e avaliar a sustentabilidade das mesmas.



É preciso mais trabalho voluntário, e o voluntariado ganha efectivamente novas energias em periodos de crise mais acentuados.

Quanto piores forem as situações de vida mais o espirito de fraternidade e entreajuda se fortalece.
 

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